Bom, dessa vez eu fui bem mais adiante do que tentar um novo adventure (um gênero que eu já joguei bastante) e fui para um FPS. Eu nunca gostei de jogos em primeira pessoa, e o mais perto que eu cheguei de um foi jogando Minecraft, e muito menos de shooters, eu nunca vi um bom motivo para jogar eles na verdade, eu não vou julgar, mas nunca gostei de Counter Strike, Call of Duty e essas variações, no geral, os jogos desse gênero me deixavam tonta e com dor de cabeça, acho que por mexer muito rápido a tela ou por nunca parar e ter que atirar o tempo todo... argh.
Mas naquela sensação de procurar um jogo novo para se apaixonar eu resolvi jogar aquele jogo lindo que tava todo mundo falando que era ótimo: Bioshock Infinite. Eu já tinha ouvido falar muito bem dos outros dois jogos da série, mas elementos como monstros e cenas escuras me deixavam totalmente sem vontade de jogar. Só que o Infinite parecia ser simplesmente... lindo! Antes de comprar o jogo para o PS3, eu me certifiquei que ele não teria muitos monstros assustadores, nem seria um jogo que desse muito medo (gênero que eu ainda não enfrentei, e nem estou com pressa).
Bom, nos primeiros minutos e horas do jogo eu me senti bem, o jogo começa tranquilo, passeando em Columbia, que é uma cidade linda no céu, as pessoas parecem felizes e etc. Naturalmente, coisas estranhas começam a acontecer e você tem que começar a matar todo mundo que aparecer no seu caminho, e nessa parte que eu comecei a ficar meio vesga e tonta.
A coisa boa é que o jogo é relativamente fácil, então quando eu morria nas batalhas por
Acontece que, apesar de ter me familiarizado com o jogo e depois de quase 2 semanas jogando eu continuava me sentindo meio mal ao jogar, eu continuava meio tonta e as vezes com dor de cabeça. Então eu percebi que, o meu maior problema com FPS é como o jogo é nervoso e não para nunca. Eu li por aí que Bioshock revolucionou os FPS por ser um shooter com "conteúdo", ou seja: algo além de atirar loucamente por aí. Mas o jogo não possuí cutscenes, você está lá jogando, correndo, pensando no que precisa fazer, talvez até atirando, quando a Elizabeth começa a falar coisas que seriam importantes para entender o enredo da história e antes de você tentar entender o que diabos está acontecendo aparece um inimigo enorme para você matar e daí você já começa a atirar, correr, morrer sem saber por que e por aí vai.
Eu perdi muito desses detalhes, e para ajudar, a história não é lá das mais fáceis de entender. Talvez jogar muitas partes sem fazer a mínima ideia do que estava acontecendo e ficar tentando entender tenha me ajudado a ficar com dores de cabeça. Eu confesso que em muitas partes eu quis parar de jogar, pensando que nunca ia entender e "blé que jogo chato". Mas acho que ele é carismático o suficiente para me manter jogando. E eu fui até o fim.
Eu ouvi falar muitas coisas sobre o fim: gente que amou, gente que odiou e gente que não entendeu. Acho que eu tenho um pouco de cada. Eu confesso que fiquei bem chocada com o fim, talvez tenha até chorado um pouco. Acho que o objetivo do final é deixar um pouco da história "no ar", para cada jogador imaginar o que acontece, mas como a minha cabeça girou, doeu, deu nó e ficou tudo meio embolado, eu fui ler algumas teorias e explicações na internet que clarearem algumas coisas para mim. E eu descobri que realmente adorei o jogo.
Eu terminei hoje a tarde e ainda estou impressionada. O jogo não foi um Uncharted na minha vida
"Booker, are you afraid of God?"
"No. But I'm afraid of you.