quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O jogo perfeito? Tearaway.

Lembra em 2006 quando todos nós ficamos super animados com o Wii, o novo videogame da Nintendo que não era parecido com nada visto antes e controles por movimento pareciam o futuro em forma de videogame? Todo mundo criou na cabeça jogos maravilhosos para serem jogados com a nova ferramenta, mas a Nintendo não. E não demorou muito pra gente perceber que videogame é videogame e a gente quer jogar sentado, por isso os muitos bons jogos de Wii e aqueles que perdemos muitas horas jogando são aqueles que quase não usam o sensor de movimento, ou usa ele de uma forma que apenas substituí um botão (como usar espada no Zelda ou rodar no Mario).

A Sony resolveu inovar fazendo o Vita, todo mundo sabe que a Sony foi fraca em portáteis com o PSP na competição com o DS, então em vez de colocar uma tela touch no futuro "futuro dos videogames portateis", ela colocou DUAS (ok, uma-e-meia, já que a rear-touch não é uma tela). O Vita também tem duas câmeras, como já visto antes no DSi, e o acelerómetro que hoje está em tudo, né.



Com a minha experiência em videogames, quando eu vi todas essas features no portátil eu falei "pff". Confesso que eu não posso analisar muito os jogos de Vita porque vita não tem jogo joguei muito poucos, mas posso dizer que os 5 que eu joguei em um ano de videogame(!!) que foram: Uncharted, Gravity Rush, Wipeout, Rayman e Katamari não usam quase nada das incríveis features do portátil, e algumas até estragaram um pouco a experiência do Uncharted, e alguém está surpreso? Por que eu eu não.

Então foi aí que eu comecei a ficar impressionada com o Tearaway. Tive vontade de jogar o jogo por causa do visual lindo que ele tem, com toda essa coisa de parecer um jogo alternativo e carismático.
E eu amo a Nintendo, mas as vezes temos vontade de jogar uns jogos que não foram feitos para imprimir dinheiro, não é?



Quase um ano após ter pego o Vita (no Natal de 2012) eu comecei a jogar esse joguinho simples e lindinho. Uma rápida análise do jogo: Você é um envelope com uma mensagem para você mesmo, você pode ver sua cara o tempo todo no jogo dentro do sol graças a câmera do Vita, o que é muito engraçado em alguns momentos (tipo quando você vai jogar de ressaca, logo depois de acordar e tá com aquela cara maravilhosa). 
Todo o cenário é feito de papel, o que não é muito inovador, já vimos isso várias vezes em Paper
Mario, mas é muito bonito.


A câmera, tanto a frontal quanto a externa,  é utilizada em diversas partes do jogo, em algumas partes você vai ter que tirar fotos de você mesmo, as vezes do ambiente que vc está, e até da sua mão para uma "vidente" ler sua sorte. Eu pensei em tantas possibilidades incríveis de jogos com câmeras quando anunciaram o DSi, que fiquei muito feliz de ver um jogo fazendo isso, mesmo que seja tantos anos depois. Depois as suas fotos vão fazendo parte do jogo ou aparecendo em momentos diferentes, que também é muito engraçado.



Dentro do jogo também temos uma câmera para tirar fotos. Ao tirar fotos de determinados objetos ou personagens que são completamente brancos e sem textura como se estivessem perdidos, eles voltam a ter cores e você ganha um modelo de papercraft deles, o que eu achei bem genial, pois é como se você montasse eles de volta para o mundo dentro do jogo.

A própria touch da tela e o acelerometro que são features mais comuns são utilizadas de maneira satisfatória. A touch serve para abrir pacotes, criar plataformas e matar alguns monstros e o acelerometro para mover algumas plataformas. 
E a coisa mais maravilhosa: o rear-touch serve para alguma coisa, e foi muito, mas muito bem utilizado. Serve para pular em "molas"para furar o chão e mover plataformas ou matar inimigos, batucar tambores e etc. E interagir dessa maneira no jogo é muito mais legal do que parece.                                            
É muito bom como o jogo consegue criar um tipo de imersão tão boa com detalhes tão sutis do tipo: ao chacoalhar o portátil faz com que alguns pedaços dos papeis se movam ou tocar nas coisas e fazer elas se movimentarem,  mesmo quando não é necessário para avançar no jogo, dá para se sentir Deus
mesmo.

Mas o que mais me impressionou, que fez o jogo valer um post aqui coisa que vale muito foi justamente o fato do jogo aproveitar todos as features do Vita, de uma maneira que eu nunca vi em nenhum videogame antes.

Eu acho que precisamos de mais jogos tipo Tearaway, mais jogos que aja um esforço para utilizar aquelas coisas malucas que as empresas fazem nos consoles ou portáteis. Preciso de um motivo para eu ter pago para ter uma touch-coisa traseira e duas câmeras no meu Vita.

O jogo infelizmente é curtinho e meio repetitivo as vezes, o que torna ele não-perfeito (o título foi para polemizar mesmo), mas é muito facinho e gostoso de jogar. E tem várias coisas para descobrir e fazer 100%, então vou aqui tentando platinar até aparecer de volta algum jogo bom de Vita vou esperar sentada.



Um comentário:

  1. bela analise .. curti muito esse jogo usar todas as funções do aparelho anima muito ... para quem corre para a platina existe 03 troféus meio chato para pegar mais como o jogo é muito bom.. vai ter uma hora que vc vai pegar eles fácil ... os trofeus são Between the Pages , Grand Tear e Wendigo Fissure nesses vc tem que passar as fase sem morrer.

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